A guerra em trincheiras com novos armamentos tecnológicos

    A Primeira Guerra Mundial foi marcada pelo rápido desenvolvimento tecnológico do setor bélico. Seja para aumentar o poder letal, surpreender e/ou apavorar o inimigo, buscar mecanismos para contra-atacar e levar vantagem sobre o adversário, obter vitórias no campo moral e da propaganda, ganhar o apoio da população e de aliados na guerra, foram várias as razões utilizadas pelos países em guerra para criar e aperfeiçoar seu poderio bélico durante o conflito.

   Criada no século XVII, a baioneta, que consiste em uma espécie de punhal atado a uma arma de fogo, geralmente um rifle, não foi de grande uso prático na Primeira Guerra, devido ao avanço tecnológico bélico e uso de outras armas mais letais. Ainda sim, era bastante comum entre os soldados de todas as nações envolvidas no conflito. Considera-se que tinha mais efeito psicológico que prático.

    Outro exemplo desse grande poder bélico é o lança-chamas;O lança-chamas foi introduzido pelos alemães no começo da guerra e inicialmente causou terror entre as tropas adversárias, que também passaram a adotá-lo pouco depois. De curto alcance, era usado pelos soldados principalmente para abrir caminho para os colegas de infantaria, que vinham logo atrás – no começo da guerra, os lança-chamas usados pelos alemães eram manuseados por bombeiros.
    Outro exemplo são os morteiros;O morteiro foi outro armamento antigo que ganhou uma nova concepção na Primeira Guerra Mundial, caracterizada pela batalha de trincheiras. Sua principal vantagem é que poderia ser disparado de uma posição relativamente segura, dentro da própria trincheira, evitando uma exposição desnecessária diante do inimigo. Consequentemente, quando lançado com sucesso, o morteiro caía exatamente dentro da trincheira inimiga, fazendo muitas vítimas.

    Apesar dos avanços tecnológicos no período, o rifle se manteve como o armamento mais crucial para o trabalho de um soldado, sempre presente em qualquer unidade de infantaria. Era com os rifles que os soldados participavam das ações de ataque e defesa, bem como dos períodos de folga entre as batalhas.
    Além dos soldados comuns, ganharam fama na guerra os chamados snipers – atiradores de elite de grande precisão. Em uma guerra de trincheiras, onde as posições eram bem guardadas e protegidas, a mira desses snipers foi responsável por muitas mortes no conflito. Presente em todos os fronts, os atiradores tinham um importante papel em minar a moral do inimigo – talvez por isso, não podiam contar com a clemência dos adversários quando eram capturados.
    Criada no século XIX, a metralhadora ganhou verdadeira alma e fama durante a Primeira Guerra Mundial. Arma de fogo automática, capaz de disparar sucessivamente, a metralhadora dominou e personificou os campos de batalha do conflito. Sua capacidade para abater ou deter rapidamente um grande número de adversários mudou a história das guerras travadas até então, e garantiu sua presença nos conflitos que vieram a seguir.

Os alemães foram os primeiros a perceber o potencial das metralhadoras, já no início da guerra. Os adversários logo se deram conta de seu poder e passaram a utilizar o armamento em larga escala.
Devido ao tamanho e peso, necessidade de muita munição e mecanismos de resfriamento, as metralhadoras se destacaram pelo desempenho defensivo: seu uso era altamente eficaz contra os assaltos de infantaria inimiga. Quando bem posicionadas, principalmente em trincheiras fortemente protegidas, as metralhadoras podiam ser consideradas quase intransponíveis.

    Os tanques demoraram em fazer sua “estreia” na Primeira Guerra Mundial. Ainda em fase de desenvolvimento no início do conflito, as primeiras unidades, utilizadas pelos britânicos, só foram vistas em campos de batalha em 1916. Apesar da surpresa e pânico causados entre os alemães, os tanques não tiveram grande sucesso inicial, uma vez que ainda era muito comum que quebrassem e ficassem presos nos lamacentos palcos de combate.

    O uso esporádico de armas químicas precede a Primeira Guerra Mundial. No entanto, foi nesse conflito que seu emprego ganhou notoriedade, graças à quantidade e amplitude com que foram utilizadas. Os primeiros a usarem granadas de gás não letal foram os franceses, no início do conflito, para conter uma ofensiva alemã. Mas foram os germânicos os primeiros a empregarem armas químicas em larga escala, e por isso são comumente associados a elas.

     E pra finalizar vai ai um grande aliado de todos. O gás venenoso;


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